Osteoma Osteóide

O osteoma osteóide costumam ser uma lesão benigna pequena e dolorosa que aparece mais em homens do que mulheres, geralmente antes do 25 anos de idade.



Mais da metade dos casos de Osteoma Osteóide ocorre nos membros inferiores, principalmente no fêmur. Mas essas lesões também também aparecer na coluna, sendo causa possível de escoliose dolorosa, principalmente na coluna torácica e lombar.

A dor ocorre por dois motivos: o tumor benigno é formado por um centro (chamado de nidus) com alta concentração de terminais nervosos. Além disso, existe uma reação inflamatória exuberante no local.

A dor costuma vir acompanhada de contraturas musculares, desvios da coluna (escoliose postural) e distúrbios do crescimento, podendo haver espasmo da musculatura paravertebral.

Os pacientes costumam sentir dor constante e progressiva, pior à noite ou durante o consumo de bebidas alcoólicas, que pode ser aliviada com antiinflamatórios.

Essa dor pode imitar a artrite quando a lesão estiver próxima das articulações, mas quando a lesão ocorre nas mãos, pode apenas haver inchaço e nenhuma dor.

O exame físico destes pacientes pode apresentar deformidade do local, inchaço, vermelhidão e sensibilidade aumentada. Quando se apresenta próximo à articulações pode também haver edema articular, contratura muscular, claudicação (mancar) e atrofia muscular.

Ao rx, costuma aparecer como uma “bolinha” mais branca, pela reação osteogênica (ou seja, que forma osso) causada por ele. Pode ou não ser visível um centro mais escuro, o “nidus”. A tomografia é diagnóstica, com identificação precisa do nidus, tipicamente menor do que 1.5cm. Se for feita uma cintilografia óssea, a área correspondente ao nidus ficará muito reativa e a área reacional, de inflamação local, “fria”, conhecida como sinal de “densidade dupla”. A ressonância não é indicada, e nela pode-se confundir o diagnóstico com malignidades.

O prognóstico é excelente, com resolução espontânea do quadro doloroso em média em 3 anos, com exames de imagem se normalizando em torno de 5 a 7 anos.

O tratamento pode ser feito por uso de antiinflamatórios, efetivo em aproximadamente metade dos casos.

Quando o tratamento cirúrgico é necessário, pode ser feita tanto uma ablação por radiofrequência quanto uma excisão aberta. A ablação é feita através de uma tomografia, por onde se guia um probe até o tumor, que aumenta a temperatura local (em torno de 90 graus) por 6 minutos. 90% dos pacientes se curam com 1 ou sessões.

Em casos onde a ablação não é indicada, a cirurgia aberta é feita, para se retirar o nidus. Em torno de 94 % se curam com cirurgia, e a recidiva gira em torno dos 10-15% para a ablação.

Procure sempre um especialista para indicar e realizar o melhor tratamento possível para o seu caso!